sexta-feira, 29 de outubro de 2010

27/02/09 - 22h30 - Atualizado em 24/12/09 - 11h59

Pimenta emagrece e reduz o colesterol

Fruto reúne uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope e vitaminas.
Luciana Kraemer Turuçu e Porto Alegre (RS)
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Turuçu é a capital brasileira da pimenta vermelha. Na cidade do sul gaúcho, ela é plantada há mais de cem anos. E o orgulho com o produto da terra está em toda parte: na rua principal e nas lavouras cultivadas por descendentes de imigrantes alemães. Do trabalho de pequenos agricultores brota um poderoso remédio natural. 
“Dizem que é bom para a saúde. Graças a Deus, até hoje nunca tive problema nenhum”, assegura o agricultor Leomar Nörnberg.

Na casa dele, é acompanhamento para todos os pratos. Para usar como tempero, a agricultora Leni Nörnberg dá a receita: “Coloco vinagre, depois dou uma sacudidinha e deixo curtindo durante um dia ou dois. É bem fácil. Dá para botar em qualquer comida”.

De acordo com especialistas em saúde, o hábito da família de seu Leomar deveria ser repetido em todas as mesas. Os benefícios da pimenta são conhecidos há muito tempo. Nas Américas, o fruto já era usado até para aliviar dor de dente e de estômago. Isso há pelo menos dois mil anos.

Quem coloca a pimenta no dia-a-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope, vitaminas – benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência.

Uma pesquisa recém-concluída na Faculdade de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) comprovou que a pimenta diminui mesmo o risco de doenças cardiovasculares, maior causa de mortes no Brasil.

Por duas semanas, um grupo de ratinhos recebeu, todos os dias, uma pequena dose de extrato de pimenta-dedo-de-moça, a mais consumida no país. No fim do período, sangue foi coletado e comparado com o de ratinhos que não receberam a pimenta. O resultado impressionou os pesquisadores.

“Nós tivemos uma redução bastante significativa, em torno de 45%, do colesterol total desses animais. Uma redução do colesterol total, tanto em humanos quanto em cobaias, mostra que há um risco menor do desenvolvimento de doença arterial coronariana ou aterosclerose”, diz a nutricionista da PUC-RS Márcia Keller Alves.

Em outras palavras: menor risco de enfartes. O que reduziu quase pela metade a gordura do sangue nos ratinhos foi a capsaicina, o princípio ativo da pimenta, que dá a ela o gosto ardido.

“É esse princípio ativo que faz com que a pimenta seja benéfica à saúde. Então, quanto mais picante mais capsiacina. E quanto mais capsiacina mais benefícios com o consumo da pimenta”, esclarece Márcia Keller Alves.

A capsaicina atua em várias áreas do corpo: alivia dores de cabeça, controla os níveis de glicose no sangue, aumenta a capacidade pulmonar e ajuda no tratamento da rinite alérgica. É até um aliado para quem quer entrar em forma.

“É uma substância estimulante do metabolismo. A pessoa passa a gastar mais calor através do que come. Então, isso ajuda na obesidade. Ela só vai se beneficiar com um ingrediente natural”, afirma o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky.

Ainda falta determinar quanto é necessário consumir para que a pimenta traga todos esses benefícios. O que se sabe é que o brasileiro come muito pouco. Na Tailândia, por exemplo, ela é a estrela das receitas simples e sofisticadas. Lá, o consumo chega a dez gramas por dia. No Brasil, não passa de meio grama por pessoa.

Para que a pimenta saia do papel de coadjuvante e se torne o ingrediente principal, é preciso pegar o fruto e inventar. Criar receitas que agradem não só a quem procura a ardência, mas também – por que não? – a doçura da pimenta. Produtos que saem de agroindústrias familiares, com a da produtora rural Verônica Tuchtenhagen e do aposentado Otávio Tuchtenhagen. Antigamente, a família vendia a pimenta seca e moída. Quanto trabalho, lembra o pai, que tem 82 anos.

“Eu lembro que plantei pimenta com 12 anos de idade. Às 5h, tinha que ir lá e cortar”, conta seu Otávio.

“Hoje transformamos a pimenta ‘in natura’ em vários pratos: em conservas, molhos, azeites, geléias, bombons, trufas, chocolate. Um mundo com pimenta”, descreve dona Verônica.

A receita que mais vende é a da geléia, criada com o auxílio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para conquistar o paladar até de quem não gosta do sabor ardido da pimenta. É feita com o fruto “in natura”, bem do jeito que os médicos recomendam.

A pimenta vai ao fogo misturada com açúcar, água, ácido cítrico e pectina, uma mistura que, no início, nem dona Verônica acreditava que daria certo.

“Não vou mentir, tínhamos uma pequena dúvida. Me surpreendeu muito porque enquanto eu vendo cem vidros de geléia com pimenta transformada, vendo dez de morango sem pimenta. A pimenta fez um sucesso”, comemora dona Verônica.

Para ver se os novos produtos de pimenta têm chance de cair mesmo no gosto popular, a equipe do Globo Repórter levou o doce de leite com pimenta e a pimenta em calda para fazer um teste com os consumidores.

“É meio forte, mas é gostoso. Senti a pimenta”, conta a estudante Sylvia Waldman.

“Eu não senti muito. É natural, um docinho gostoso. Mas bem no finzinho sentimos um pouquinho”, diz a dona de casa Áurea do Prado.

“Ela acentua o paladar, mas é saborosa”, avalia o aposentado José Castro.

“Me surpreendi, porque pimenta geralmente é forte. E essa bem gostosa”, elogia a professora Priscila da Silva.
 
 
 
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COMO TORNAR O SEU SÍTIO PRODUTIVO


Data Edição: 05/09/2005Fonte: Redação RuralNews
 

Possuir um sítio costuma ser uma grande alegria, motivo de orgulho e prazer para toda a família. Mas, mesmo com todo esse prazer, esta alegria costuma custar caro, não só no que diz respeito à aquisição do imóvel, mas também aos custos de manutenção.
O sítio pode ser aproveitado para o desenvolvimento de algumas atividades produtivas que, se realizadas com eficiência, podem reduzir os gastos com a propriedade ou mesmo torna-la lucrativa. Tudo depende dos objetivos do dono do sítio, que podem ser:
- Possuir uma propriedade no campo, voltada exclusivamente para o lazer da família e entar reduzir os custos de manutenção do local;
- Utilizar sua propriedade para gerar uma renda adicional ou
- Transformar o sítio em uma empresa, com produção e gerando lucros, passando a ser a principal fonte de renda familiar.
Existem muitas atividades produtivas, tanto agrícolas quanto pecuárias, que podem ser desenvolvidas em sítios. Normalmente, como há a disponibilidade de espaço, é possível desenvolver mais de um tipo de atividade. Decidir qual ou quais devem ser levadas a diante é uma tarefa que deve ser cuidadosamente analisada, de acordo com alguns fatores básicos, como:
- Localização do sítio (se as vias de acesso são boas, se existem cooperativas agrícolas nas proximidades, quais são as atividades agropecuárias mais desenvolvidas na região, clima, etc.);
- Características da propriedade, como o tipo de solo, a topografia (se o terreno for plano, mais o menos acidentado, etc.), se existem fontes de água, como rios, riachos ou lagos, o tipo de vegetação encontrada, etc.;
- O montante financeiro disponível para o investimento e
- Um fator muito importante, que é o gosto ou vocação do proprietário, pois muitas pessoas preferem desenvolver atividades agrícolas e outras se identificam mais com a criação de animais.
Daremos a seguir, algumas opções de atividades que podem ser desenvolvidas em um sítio, de maneira lucrativa, com necessidade de investimentos que podem variar bastante e, da mesma forma, a possibilidade de ganhos.
Devemos ressaltar dois aspectos muito importantes : em geral, atividades que demandam maior investimento são aquelas que darão maior retorno financeiro e, o que é muito importante, antes de iniciar uma atividade, o proprietário do sítio deve aprender tudo sobre a atividade que desejar desenvolver, lendo bastante e obtendo informações de outros produtores.

Piscicultura: Se houver boa disponibilidade de fornecimento de água, a piscicultura pode ser desenvolvida para a produção e comercialização dos peixes ou, ainda, como um “pesque-e-pague”, que disponibiliza a visitantes pescar nos lagos da propriedade e pagar pela visita e pelos peixes obtidos.

Apicultura: A criação de abelhas para a produção de mel é uma atividade que pode ser bastante lucrativa, pois o valor do mel e dos outros produtos das abelhas (própolis, geléia real, etc.) é bem interessante, desde que se tenha os canais para a comercialização. É uma atividade que cresce bastante no Brasil, tanto para a venda no mercado interno quanto para a exportação.

Criação de pequenos e médios animais: São muitos os animais que podem ser criados e proporcionar uma boa renda para o produtor, através da venda do animal, de sua carne e de outros produtos, como peles, por exemplo. Podemos citar, entre outros, coelhos (produzem uma ótima carne, além de pele e pêlos de qualidade), caprinos (fornecem ótima carne e um leite que é cada vez mais valorizado), ovinos (para a produção de carne ou lã), minhocas (para a produção do húmus), escargots (sua carne é muito valorizada), etc.

Produção de leite bovino: Apesar de serem animais de maior porte e necessitarem de áreas maiores, é possível termos no sítio algumas vacas para a produção de leite. Este leite pode ser utilizado para o consumo da própria família e funcionários e o excedente ainda pode ser vendido para uma cooperativa de produtores de leite da região, gerando um pequeno incremento na receita da propriedade. Em geral, esta é uma atividade paralela à principal atividade produtiva desenvolvida no sítio.

Cultivo de hortas e pomares: a produção de frutas e hortaliças é, sem dúvida, uma das atividades mais desenvolvidas em sítios e pequenas propriedades. O investimento á baixo, os resultados com a comercialização são razoáveis mas, geralmente, não é uma atividade que possa, sozinha, transformar o sítio em um empreendimento lucrativo. Deve ser desenvolvida como atividade paralela.

Cultivo de plantas com maior valor de mercado: Desde que se tenha os devidos canais de comercialização, a produção de plantas condimentares e aromáticas, como pimentas ou plantas medicinais, podem ser atividades de bom retorno financeiro. Podemos citar, ainda, a produção de cogumelos comestíveis, atividade que está em grande desenvolvimento no Brasil

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Para se Guardar

"Nunca esqueça que existem 4 coisas na vida que não se recuperam: a pedra, depois de atirada; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado."

pimentas Cultura e beneficios

Uma das principais características culturais das tribos indígenas que habitavam as terras brasileiras na época do descobrimento era o cultivo de pimentas. Após o descobrimento, as sementes e frutos de pimentas passaram a ser cada vez mais cultivados e disseminados entre vários povos e utilizados de diversas formas.
A "capital nacional da pimenta", como é conhecido o município de Turuçu no Rio Grande do Sul,[3] começou a cultivá-la no final do século XIX. Tal informação pode ser comprovada pelos depoimentos dos produtores da região, muitos deles já de idade elevada, tendo passado dos sessenta anos de idade, que relembram a cultura do cultivo, passada a eles por seus pais.
Em Minas Gerais, é muito empregada a pimenta-biquinho, a Capsicum chinense, onde também há mais cultivo da variedade. É utilizada em molhos e temperos.[1]
A variedade dedo-de-moça (Capsicum baccatum), uma das mais cultivadas, é originária do Brasil.[1]
A Capsicum frutescens, popularmente conhecida como pimenta-malagueta, é originária da Amazônia e é cultivada sobretudo em Minas Gerais, Goiás e Bahia.[1]

[editar] Benefícios à saúde

A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é benéfico para quem tem enxaqueca. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é a capsaicina, a qual também possui propriedades benéficas à saúde. Ela provoca a liberação de endorfinas, substâncias que provocam uma sensação de bem-estar. As substâncias picantes das pimentas melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito antiflatulência. Favorecem a cicatrização de feridas. Existem estudos que demonstram que a pimenta é um potente antioxidante (antienvelhecimento) e anti-inflamatório. A pimenta possui propriedades anticâncer.[4]

Referências

  1. a b c d e Pimentas para todos os gostos - O Estado de S.Paulo, 17 de março de 2010 (visitado em 18-3-2010)
  2. Os caminhos e estratégias da pimenta - Fiocruz, (visitado em 18-3-2010)
  3. Sítio oficial da prefeitura de Turuçu. Turuçu - Capital Nacional da Pimenta (em português). Página visitada em 1 de agosto de 2009.
  4. SaúdeComCiência.com. Pimenta - propriedades medicinais (em português). Página visitada em 1 de agosto de 2009.

sábado, 16 de outubro de 2010